Abel lamenta falta de malandragem do Flu: “Sofremos os gols de forma infantil”
Técnico do Fluminense diz que derrota com gol no último minuto dói e avisa que empate era o resultado mais justo. Elenco folga no domingo e se reapresenta na próxima segunda.
Faltou malandragem. Ainda mais sofrendo com gols infantis. Esse foi o diagnóstico do técnico Abel Braga após a derrota do Fluminense para o Vasco, neste sábado, em São Januário. O Tricolor vencia até os 29 minutos do segundo tempo, mas teve falhas na marcação e sofreu a virada no último lance da partida (reveja os melhores momentos no vídeo acima).
– Tem hora que tem que ter malandragem, botar a bola no chão. É derrota, dói, chateia, da forma que foi, no minuto que foi. Faltou ter mais a bola, ter mais tranquilidade. Aconteceu. Vai acontecer mais durante o campeonato com todas as equipes. Fizemos os gols e sofremos de forma infantil. – disse Abel após o jogo.
Com a sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro, o Tricolor se manteve com seis pontos e pode perder posições na tabela de classificação até o fim da rodada. O elenco folga neste domingo se reapresenta segunda-feira no CT. O próximo jogo será contra o Grêmio, quarta-feira, no Maracanã, pela Copa do Brasil.
Confira outras respostas de Abel na coletiva:
Falta de experiência
– Conversei com os caras. Faltou experiência, segurar mais a bola, ter mais tranquilidade. Mas não tem nada. Vai acontecer ao longo do campeonato com outras equipes. A mudança do primeiro para o segundo tempo foi legal. Fizemos os gols, mas depois sofremos de forma infantil.
Flu não mereceu perder
– O empate era mais justo. Tomar um gol aos 48…. Futebol é assim. O pessoal fala: “Muito garoto”. Às vezes tem que ter malandragem, bota a bolar no chão, valorizar a falta. Mas o importante é que ficou uma prestação positiva. É derrota, dói, chateia, no minuto que foi. Empatar estava de bom tamanho.
Faltou matar o jogo
– Não pode, aos 46 tive dois escanteios. Bate o escanteio curto, ganha tempo. Era um empate fora de casa. Já vínhamos de uma vitória fora de casa. Futebol é assim, não adianta. O mais difícil foi virar. Fizemos um segundo tempo bom, mas não matamos. Uma pena. E o pior é sofrer os gols da forma que sofremos.
Falha em gol de Luis Fabiano
– Tomamos o gol depois de uma bola longa do Cavalieri, de tiro de meta. Perdemos a bola no meio, depois cruzamento da direita e o Luis Fabiano livre, livre. Marcamos a bola. Esses defeitos e falta de experiência uma hora melhora. Não admito a forma que recuamos. Nos deram o contra-ataque, mas não matamos.
Primeiro tempo ruim
– No primeiro tempo nós facilitamos tudo para o Vasco. Não teve jogada vertical, deu até pena do Dourado. Era como só estivéssemos jogando com um atacante. Começou a ter a movimentação em vertical, um puxar, outro jogar, um mexer, outro jogar. E começamos a envolver. Poderíamos até ter liquidado, sermos nós a fazer o terceiro. Aconteceu.
Falha no gol de Manga
– Eu não gosto de tomar gol simples. Entra um cara que é destro pelo lado esquerdo, é óbvio que ele vai procurar sempre driblar para dentro. Marca o cara na vertical, pô. Dá o fundo para ele. Não pode dar o meio, que é onde ele quer.
Ausência de Sornoza
– Eu não lamento ausência, não. O meu meio-campo jogou muito no segundo tempo. No primeiro, não sei quantas vezes, foram muitas as bolas que passaram pelos zagueiros. Eles trocando bola e o Vasco esperando. Esse foi o nosso primeiro erro.
Grande aproveitamento de Dourado em pênaltis
– Ele treina, nunca perdeu um pênalti na carreira. Ou melhor, perdeu um. Não é à toa. É muito difícil bater dois num jogo, ainda mais da forma que ele bate.
Time sentiu a pressão da torcida do Vasco?
– Pressão foi a do Atlético Mineiro lá no Independência. A torcida do Vasco fez a parte dela, a nossa também apoiou bastante. Mas não tem influência, aqui a torcida fica longe do campo.
Próximo compromisso é quarta, contra o Grêmio, pela Copa do Brasil
– Nem vamos conseguir trabalhar muito porque quarta-feira temos um jogo e vamos começar perdendo por 2 a 0. (Sobre o time na quarta) não sei ainda. Gostei porque não mudamos a forma de jogar, foi a maneira que começamos o ano. Hoje não tem o Junior (Sornoza), mas tem o Wendel.